Olá!!!
Na realidade esse blog nasce do meu sonho de "trocar em miúdos" minha dissertação de Mestrado e com isso, quem sabe, iniciar aqui um trabalho que possa, ainda que muito modestamente, servir para criar alternativas para geração de renda para os entrevistados que tão bem me receberam e me acolheram, contando seus sonhos, suas dificuldades e esperanças.
Algumas coisas foram marcantes nesta trajetória que começou em 2006 assistindo a um programa da Globonews que falava justamente sobre uma ONG na França que fazia o trabalho de percorrer os Países em desenvolvimento na busca por comunidades de trabalhadores que pudessem ter seus produtos aceitos em mercados do norte e receber por isso um preço justo. Fiquei um bom tempo martelando aquilo na minha mente...
Meses depois em um programa de capacitação oferecido pelo MEC no âmbito do projeto Escola de Fábrica em Belo Horizonte, no intervalo entre uma palestra e outra, fui à uma livraria no shopping e encontrei lá um único livro do Prof. Ignacy Sachs intitulado: INCLUSÃO SOCIAL PELO TRABALHO.
As coisas começavam então a tomar forma na minha cabeça. Afinal, o programa de TV, a capacitação e o livro traziam, simultaneamente, respostas (ou mais dúvidas ainda...) para muitas das minhas inquietações, ou seja, como oferecer para as populações menos favorecidas oportunidades reais de emancipação e empoderamento através de suas próprias capacidades, no mundo que lhes é próprio por meio do trabalho digno?
No curso de Mestrado, enquanto cursava as diciplinas ficava o tempo todo pensando como fazer uso deste tempo privilegiado de estudos para conseguir escrever algo que viesse ao encontro destas antigas inquietações e quem sabe transformar esse aprendizado em uma atividade que pudesse ser útil a tantos quantos se identifiquem com o tema.
Assim nasceu a pesquisa que procurou compreender sob o enfoque cultural aspectos favoráveis e limitantes para a implantação das práticas de comércio justo para os artesãos do município de Machado - MG.
Mas o que é o Comércio Justo?
Comércio justo (Fair Trade em inglês) é um dos pilares da sustentabilidade econômica e ecológica (ou econológica, como vem sendo chamada).
Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados, nas cadeias produtivas.
A idéia de um comércio justo surgiu nos anos 1960 e ganhou corpo em 1967, quando foi criada, na Holanda, a Fair Trade Organisatie. Dois anos depois, foi inaugurada a primeira loja de comércio justo. O café foi o primeiro produto a seguir o padrão de certificação desse tipo de comércio, em 1988. A experiência se espalhou pela Europa e, no ano seguinte, foi criada a International Fair Trade Association, que reúne atualmente cerca de 300 organizações em 60 países.
O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato e produtos agrícolas. Em poucas palavras, é o comércio onde o produtor recebe remuneração justa por seu trabalho.
Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade e que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo. Esta opção ética tem permitido aos pequenos produtores de países tropicais viver de forma digna ao fazeram a opção pela agroecologia, como agricultura orgânica.
O comércio justo é definido pela News! (a rede européia de lojas de comércio justo) como "uma parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável. O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos. Sua missão é promover a eqüidade social, a proteção do ambiente e a segurança econômica através do comércio e da promoção de campanhas de conscientização". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_justo)
Bom... fato é que a pesquisa foi feita, muitas perguntas foram respondidas e outras tantas surgiram... Mas duas "crises" coexistem neste momento: 1ª - a necessidade de "popularizar" a pesquisa e usar seus resultados na busca de soluções para os artesãos estudados e 2ª compreender o Comércio Justo e seus princípios em uma perspectiva cultural, ou seja, na contramão dos sistemas de produção e cultura de consumo ora vigentes, tendo em vista os imperativos da sociedade de consumo.
Aguardo suas contribuições, sugestões, tópicos para discussões, etc... tudo que possa servir de combustível para seguir adiante com esse trabalho. Minha vontade??? parcerias, estudos comparativos, idéias, enfim... alguma ajuda para que tudo isso saia do plano das idéias e do papel para servir de instrumento de transformação.
Abraços!
Uai, Lúcia Helena!
ResponderExcluirVocê tá com tudo e não tá prosa. Criou outro blog. Parabéns, mais uma vez. Passarei por aqui de vez em quando.
Um abraço,
Vieira
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns Professora! - Ficou Excelente.
ResponderExcluirParabéns por popularizar essa grande idéia de geração de emprego e renda, grande abraço...
ResponderExcluirFala Mestra adorei essa nova modalidade (blog), rsrs, cuidado pois sua idéias serão alastrados pela net e com isso enfim, poderemos viver um pouquinho melhor e relação ao justo comércio.
ResponderExcluirbjosss.